sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Efeito de Cor complementar e Cor oposta ou contrastante

Quando fixamos o olhar em alguma informação visual e essa informação é substituída por um campo vazio e branco, vê-se uma imagem negativa no espaço vazio.

Há duas formas de obtermos essa visualização, através da cor complementar ou, através da cor oposta ou contrastante.

Se, por exemplo, estivermos olhando para o amarelo, o púrpura aparecerá na área vazia de nossa imagem posterior. O amarelo é o matiz mais próximo ao branco ou à luz; o purpura é o mais próximo do preto ou negro, A imagem posterior na prancha (amarelo) não será apenas tonalmente mais escura que o valor amarelo, mas será o tom mediano do cinza, desde que fossem misturado ou equilibrados. Um vermelho de valor tonal médio reproduziria um verde complementar do mesmo tom médio. A imagem posterior, portanto, parece reagir segundo um procedimento tonal idêntico ao do pigmento. Quando misturamos duas cores complementares, vermelho e verde, amarelo e púrpura, elas não apenas neutralizam seu respectivo croma, ou matiz, que passa a cinza, mas também produzem, através de sua mistura, um tom intermediário de cinza.

Há outra maneira de demonstrar esse processo. Duas cores complementares colocadas dobre o mesmo tom médio de cinza influenciam o tom neutro. O painel cinza com um matiz laranja-avermelhado e quente parece azulado ou frio, enquanto acontece o contrário com o cinza sobre o qual se colocou um quadrado verde-azulado. O fundo cinza parece ter um tom quente e avermelhado. Essa experiência mostra que o olho vê o matiz oposto ou contrastante não só na imagem posterior, mas que, ao mesmo tempo, está vendo uma cor. O processo é chamado de contraste simultâneo, e sua importância psicofisiológica vai além de sua importância para a teoria da cor. É mais uma evidência a indicar a enorme necessidade de se atingir uma completa neutralidade, e, portanto, um repouso absoluto, necessidade que, no contexto visual, o homem não cessa de desmontar.

Como a percepção da cor é o mais emocional dos elementos específicos do processo visual, ela tem grande força e pode ser usada com muito proveito para expressar e intensificar a informação visual. A cor não apenas tem um significado universalmente compartilhado através da experiência, como também um valor informativo específico, que se dá através dos significados simbólicos a ela vinculados. Além do significado cromático extremamente permutável da cor, cada um de nós tem suas preferências pessoais por cores específicas. Escolhemos a cor de nosso ambiente e nossas manifestações. Mas são muito poucas as concepções ou preocupações analíticas com relação aos métodos ou motivações de que nos valemos para chegar a nossas opções pessoais em termos de significado e do efeito da cor. Quando uma nação exibe sua bandeira, a tentativa de encontra significado simbólico em suas cores pode ser óbvia. Não acontece exatamente o mesmo com nossas escolhas pessoais das cores, que são menos simbólicas e, portanto, de definição menos clara. Mesmo assim, pensemos nisso ou não, tenhamos ou não consciência disso, o fato é que revelamos muitas coisas ao mundo sempre que optamos por uma determinada cor.

Veja mais:
http://brunnamds.blogspot.com.br/p/sintaxe-da-linguagem-visual.html

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