quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Elemento básico | O ponto

O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente mínima. Na natureza, a rotundidade é a formulação mais comum, sendo que, em estado natural, a reta ou o quadrado constituem uma raridade. Quando qualquer material líquido é vertido sobre uma superfície, assumi uma forma arredondada
Mesmo que esta não simule um ponto perfeito. Quando fazemos uma marca, seja com tinta, como substância dura ou com bastão, pensamos nesse elemento visual como um ponto de referência o indicador de espaço. Qualquer ponto tem grande poder de atração visual sobre o olho, exista ele naturalmente ou tenha sido colocado pelo homem em resposta a um objeto qualquer.

Dois pontos são instrumentos utilizados para medir o espaço no meio ambiente ou no desenvolvimento de qualquer tipos de projeto visual. Aprendemos cedo a utilizar o ponto como sistema de notação ideal, junto com a régua e outros instrumentos de medição, como o compasso. Quanto mais complexas forem as medidas necessárias à execução de um projeto visual, tanto maior será o número de pontos utilizados.
Quando vistos, os pontos se ligam, sendo portanto capazes de dirigir o olhar. Em grande número e justapostos, os pontos criar uma ilusão de tom ou de cor, o que, como já se observou aqui,  é o fato visual em que se baseiam os meios mecânicos para a reprodução de qualquer tom contínuo. O fenômeno perceptivo da fusão visual foi explorado por Seurat em seus quadros pontilhistas, de cor e tom extraordinariamente variados, ainda que ele só tenha utilizado 4 cores - amarelo, vermelho, azul e preto - e tenha aplicado a tinta com pincéis muito pequenos e pontiagudos. Todos os impressionistas exploraram os processos de fusão,  contraste e organização,  o que se concretizavam nos olhos do espectador. Envolvente e estimulante,  o processo era de alguma forma semelhante alguma das mais recentes teorias de McLuhan, para as quais o envolvimento visual e a participação no ato de ver são parte do significado. Mas ninguém investigou essas possibilidades completamente quanto Seurat, que, em seus esforços, parece ter antecipado o processo quadricromia a meio-tom, pelo qual são atualmente reproduzidos, na impressão em grande escala, quase todas as fotos e os desenhos cores, de tom contínuo.
A capacidade única que uma série de pontos tem de conduzir o olhar é intensificada pela maior proximidade dos pontos.

Veja mais:
http://brunnamds.blogspot.com.br/p/sintaxe-da-linguagem-visual.html 

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